
A Ucrânia sofreu um enorme e brutal ataque aéreo, neste domingo (25/5), que deixou ao menos 12 pessoas mortas. Yuriy Ignat, porta-voz da Força Aérea, informou que a Rússia lançou 298 drones, o que representa o "maior número" em um dia desde o início da guerra.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o "silêncio dos Estados Unidos" e de outros países ao redor do mundo que, segundo ele, "só encorajam" o líder russo Vladimir Putin.
"Sem uma pressão verdadeiramente forte sobre a liderança russa, essa brutalidade não poderá ser detida. Sanções certamente ajudarão. A determinação importa agora – a determinação dos Estados Unidos, dos países europeus e de todos aqueles ao redor do mundo que buscam a paz", disse Zelensky, nas redes sociais.
Today, rescuers have been working in more than 30 Ukrainian cities and villages following Russia’s massive strike. Wherever necessary, work continues – our emergency services are on the ground, providing assistance and ing people. Thank you.
— Volodymyr Zelenskyy / ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) May 25, 2025
Nearly 300 attack drones were… pic.twitter.com/Mxx1a34kS2
O presidente da Ucrânia também afirmou que a Rússia "está prolongando a guerra e continua matando todos os dias". "O mundo pode entrar em um fim de semana de folga, mas a guerra continua, independentemente dos fins de semana e dias da semana. Isso não pode ser ignorado", citou.
De acordo com Zelensky, além dos drones, quase 70 mísseis de vários tipos foram disparados, incluindo mísseis balísticos. Os alvos foram Kiev, Zhytomyr, Khmelnytskyi, Ternopil, Chernigov, Sumy, Odessa, Poltava, Dnipro, Mykolaiv, Kharkiv e Cherkasy.
"Foram ataques deliberados contra cidades comuns. Prédios residenciais comuns foram destruídos e danificados. Em Kiev, dormitórios do departamento de história da universidade foram atingidos. Também houve ataques contra empresas. Tragicamente, pessoas foram mortas, incluindo crianças. Meus pêsames", relatou Zelensky.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, pediu uma "pressão internacional" maior sobre a Rússia.
"Os ataques da noite ada mostram mais uma vez que a Rússia está decidida a aumentar o sofrimento e a aniquilar a Ucrânia. É horrível ver crianças entre as vítimas inocentes feridas e assassinadas", afirmou.
Em meio ao agravamento do conflito, Rússia e Ucrânia concluíram, neste domingo, a última etapa da troca de prisioneiros no formato de "mil por mil", acordada durante negociações diretas em Istambul na semana ada. Esta é a maior troca de prisioneiros de guerra desde o início da invasão russa há mais de três anos.
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Com informações da AFP*