
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou, após visitar a Feira Nacional da Reforma Agrária, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em São Paulo neste sábado (10/5), que, embora o governo seja favorável ao fim da escala 6x1, é inviável que ela acabe imediatamente. Para ele, a jornada é “cruel” e deve haver “debate saudável” a respeito do tema.
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A jornalistas, o representante da pasta afirmou acreditar ser viável aprovar a redução da jornada de forma tranquila, levando em conta todos os lados. “Eu enxergo que é possível, plenamente possível, com um debate responsável, com tranquilidade, sem criar um susto para o empresariado”, disse, conforme replica a Agência Brasil. “É preciso olhar isso sobre todos os aspectos.”
Marinho esclareceu que, do ponto de vista dele, seria plausível a aprovação pelo Congresso de uma redução imediata da escala, sem redução de salário, para 40 horas semanais. Essa redução iniciaria “um processo maduro de debate na construção gradativa para acabar com 6x1” — que, do ponto de vista prático, não teria como ter fim imediatamente.
Ainda assim, o início gradual da discussão seria “muito positivo” e importante para a sociedade brasileira, segundo ele. “O 6x1 é uma jornada cruel, em especial para as mulheres”, afirmou. “Um bom ambiente de trabalho ajuda não somente na saúde, mas ajuda na produtividade e na qualidade do seu produto. Nós queremos um país saudável. Nós queremos um povo feliz. E nós queremos salário decente e empregos para todos e todas.”
Visitada pelo ministro neste sábado, a quinta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária ocorre desde quinta-feira (8/5) no Parque da Água Branca, na capital paulista. O evento promovido pelo MST segue até domingo (11/5).
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