
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, denunciou que o ex-ministro general Braga Netto e o ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro Fabio Wajngarten tentaram obter informações sobre o conteúdo de seus primeiros depoimentos à Polícia Federal. O sigilo do acordo de delação premiada do militar foi derrubado nesta quarta-feira (19/2), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid relatou que as primeiras tentativas ocorreram logo após ele deixar a prisão, em maio do ano ado.
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"Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele [Braga Netto] como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado", afirmou.
"Fazia um contato com o meu pai [general Mauro Lourena Cid], tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado", contou aos agentes.
À época, a defesa de Braga Netto, inclusive, pediu oficialmente ao STF o ao teor da delação premiada, mas teve a solicitação negada pela Corte.
Cid citou também citou o ex-secretário de Bolsonaro. "Outro que tentou fazer contato com meu pai foi o Fabio Wajngarten. Ele tentou até ligar para minha esposa também, eu acho, para saber o que eu tinha falado", relatou o militar.