SAÚDE

Tratamento menos invasivo muda vida de adultos com pé torto congênito

Hospital de Base aplica técnica que evita cirurgias invasivas. Saiba como é o tratamento e a forma de o ao serviço

Tratamento vem mudando a vida de pacientes que procuram o Hospital de Base -  (crédito: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF)
Tratamento vem mudando a vida de pacientes que procuram o Hospital de Base - (crédito: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF)

O Dia Mundial do Pé Torto Congênito — uma condição que afeta cerca de um a cada mil recém-nascidos no mundo — é comemorado nesta terça-feira (3/6). Embora normalmente tratado ainda nos primeiros meses de vida, a rede pública de saúde do Distrito Federal adaptou o cuidado para corrigir os pés tortos congênitos em adultos, de forma menos invasiva. 

A iniciativa tem atraído pacientes de diferentes estados e recuperado a esperança de pessoas que não tiveram a oportunidade quando mais novos.

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O pé torto congênito é uma doença presente desde o nascimento do bebê, mais comum entre os meninos. Em aproximadamente 50% dos casos, a condição ocorre nos dois pés. “A doença pode ter um fundo genético ou hereditário, estar ligada a outras síndromes ou a enfermidades neurológicas. Na grande maioria dos pacientes, contudo, é idiopática, ou seja, não tem nenhuma outra causa associada”, explica o ortopedista do HBDF Davi Haje, um dos profissionais responsáveis pela implementação do tratamento nos adultos no DF.

Menos invasivo

Antes, os métodos disponíveis para correção dos pés tortos congênitos em adultos envolviam cirurgias complexas ou fixadores externos. Atualmente, o tratamento utilizado é o Ponseti, criado pelo médico Ignacio Ponseti, cujo nascimento em 3 de junho é lembrado com a data mundial de conscientização. 

O método consiste na manipulação dos pés e na imobilização em gessos seriados, com posterior liberação do tendão de Aquiles por cirurgia minimamente invasiva. O procedimento é concluído com fisioterapia para reeducação da marcha. “No HBDF, conseguimos corrigir os pés sem cirurgia invasiva em 65% dos pacientes”, afirma Haje. 

Dependendo do caso, é possível complementar a técnica com uma cirurgia óssea para terminar de corrigir os pés. 

Atendimento

O tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pacientes interessados devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que fará o encaminhamento para o HBDF via Complexo Regulador. Também há casos atendidos por referência direta de outros profissionais da rede.

*Estagiária sob a supervisão de Malcia Afonso

Com informações da Secretaria de Saúde.


 

postado em 03/06/2025 17:56
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