Entrevista | Marco Antônio Costa | presidente da (FAP-DF)

Brasília terá semana dedicada a eventos de tecnologia e de inovação

Ao CB.Poder, representante do setor falou de dois importantes eventos que ocorrerão em Brasília entre 18 e 26 de junho e destacou a importância de mostrar o impacto dos aperfeiçoamentos das empresas na qualidade de vida

 Marco Antonio Costa, presidente da fundação de apio a pesquisa do DF. (FAP) -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Marco Antonio Costa, presidente da fundação de apio a pesquisa do DF. (FAP) - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Brasília como polo de eventos de tecnologia e inovação foi um dos temas da entrevista concedida, ontem, pelo presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF), Marco Antônio Costa, ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília. Às jornalistas Mariana Niederauer e Sibele Negromonte, ele também comentou sobre o StartBSB, programa que visa fomentar as empresas emergentes voltadas à inovação, além de destacar os benefícios de popularizar a tecnologia.

Como estão os preparativos e como Brasília tem se tornado um polo para receber eventos ligados a ciência e tecnologia?

Esses dois eventos que acontecerão em Brasília no mês de junho — Campus Party Brasil e Inova Summit — são iniciativa nossas, em parceria com os diversos atores que compõem o ecossistema de inovação do Distrito Federal. Eles coroam os esforços que temos desenvolvido nesse setor. Entre os dias 18 e 22 de junho, receberemos a Campus Party Brasil, que será a edição nacional do evento. Já tivemos outras edições em Brasília, mas em caráter regional. Esta, por sua vez, unificará ideias, ações e iniciativas das edições regionais do Brasil inteiro, consolidando Brasília como um ponto de referência e sede do evento nacional. Logo em seguida, de 24 a 26 de junho, ocorrerá o Innova Summit, voltado para o networking e os negócios entre startups, com empresas de base tecnológica e grandes palestrantes. O objetivo é promover o diálogo entre todos os entes do ecossistema de inovação. Vale destacar que o evento será gratuito e aberto ao público. Um dos principais objetivos é justamente convidar a população a participar dessa semana repleta de tecnologia e inovação.

Assista à entrevista completa

 

 

A Campus Party tornou-se um evento que leva a tecnologia para mais perto da população. Como o setor público tem atuado para tornar a ciência e a tecnologia partes do dia a dia das pessoas?

Como ente público, temos o papel de conectar os elos desse ecossistema e, principalmente, de popularizar a ciência. Trabalhamos desde as fases iniciais da educação, com estudantes do ensino fundamental e médio, mostrando a importância da ciência e seus impactos concretos. A imprensa também exerce um papel essencial nesse processo, ajudando na divulgação e na tradução de termos técnicos em uma linguagem ível, porque inovação está no cotidiano de todos. Os países que mais avançaram nesse campo são os que fizeram essa engrenagem funcionar de forma integrada. E, principalmente, onde a população confia e acredita na inovação, inclusive quando liderada pelo Estado. Isso gera um ciclo virtuoso que resulta em mais inovação, mais empregos e melhores salários, com impacto direto na qualidade de vida da população.

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No segundo semestre, haverá uma nova oportunidade para startups por meio de um programa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Como funciona esse programa?

Lançamos o StartBSB, um programa robusto da FAPDF, que teve sua primeira edição no ano ado e já está estruturado para três anos. O objetivo é apoiar até 100 startups por ano, oferecendo subvenção econômica de mais de R$ 200 mil por empresa, além de mentoria com aceleradoras profissionais.  Queremos apoiar empreendedores criativos que estão no início da jornada, seja na garagem de casa, em empresas ou universidades, e que ainda não têm e financeiro nem orientação especializada. Tivemos um número expressivo de inscrições na edição ada, mas apenas 100 startups são selecionadas por edital. Neste segundo semestre, abriremos a nova seleção para as startups que atuarão em 2025.

E quanto às áreas contempladas pelo programa? Existe restrição?

Não, o programa é aberto a todas as áreas do conhecimento. Também levamos em consideração o estágio de maturação da startup. Algumas estão desenvolvendo a ideia. Outras já estão em fase de incubação, com um projeto mais estruturado, e há aquelas em aceleração, prontas para validação e entrada no mercado. Para cada uma dessas etapas, oferecemos uma mentoria personalizada. Um exemplo de projeto de sucesso é o apoio da FAPDF aos produtores de vinho do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (Padef). Com base em pesquisas científicas, inclusive com participação de especialistas de fora do país, demonstramos que o terroir (condições do ambiente) de Brasília é propício à produção de vinhos finos.

Fale um pouco sobre o Prêmio FAPDF Ciência e Tecnologia. Como ele funciona e quem pode participar?

Temos categorias específicas para alunos e também para jornalistas, que são grandes aliados na divulgação científica. As inscrições vão até 15 de julho e podem ser feitas no site da fundação: fap.df.gov.br. Os prêmios variam entre R$ 5 mil e R$ 12 mil. É uma excelente oportunidade de reconhecimento e estímulo à produção científica e tecnológica no Distrito Federal.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 

postado em 21/05/2025 06:03
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