
Após a Embaixada dos Estados Unidos publicar um alerta para os cidadãos norte-americanos em viagens ao Brasil, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) divulgou, neste sábado (31/5), uma nota em que manifesta repúdio às declarações dos EUA. De acordo com a manifestação, assinada pelo presidente da agência, Marcelo Freixo, a nota da embaixada reproduz uma “imagem distorcida e ultraada” do país.
“Em 2024, o Brasil registrou os menores índices de violência em 11 anos, resultado de uma articulação federativa eficaz e de políticas públicas consistentes. Repudiamos esse tipo de recomendação alarmista, que mais se presta à desinformação do que à proteção dos cidadãos americanos”, destacou a Embratur.
A nota ainda destaca que o Brasil a pelo melhor momento de sua história no turismo internacional. Dados do Ministério do Turismo mostram que no primeiro quadrimestre de 2025, o país recebeu 4,4 milhões de visitantes, o que representa um avanço de 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos foram o segundo país com o maior número de visitantes nesse período.
“A hospitalidade brasileira é reconhecida mundialmente. Aqui, todos são bem-vindos — independentemente de nacionalidade, etnia, orientação sexual, religião ou posicionamento político. Seguiremos trabalhando para consolidar nossa imagem real no exterior: a de um país seguro, acolhedor, sustentável, democrático, diverso e aberto ao mundo, cada vez mais preparado para receber turistas”, concluiu, em nota, a agência.
Nota da Embaixada
A publicação disponível no site da Embaixada dos EUA no Brasil adverte os cidadãos norte-americanos para terem “cautela maior” no país, devido a crimes e sequestros. Ainda alerta para se evitar certas regiões que, segundo a nota, apresentam “risco maior” para os turistas. Entre elas, há algumas regiões istrativas do Distrito Federal, como Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá.
O comunicado também destaca a existência e relevância das facções criminosas, principalmente em grandes centros urbanos. Crimes violentos, que incluem assassinatos, roubos à mão armada e de carros, são referidos como eventos que “podem ocorrer em áreas urbanas, de dia e de noite”.