{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2025/04/7124562-visao-do-correio-transparencia-do-inss-precisa-ser-restaurada.html", "name": "Visão do Correio: transparência do INSS precisa ser restaurada", "headline": "Visão do Correio: transparência do INSS precisa ser restaurada", "description": "", "alternateName": "INSS", "alternativeHeadline": "INSS", "datePublished": "2025-04-26T06:01:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O governo deu um o importante ao deflagrar a Operação Sem Desconto, mirando um dos maiores esquemas de corrupção já instalados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O desvio bilionário é mais um capítulo de uma velha história: a captura de estruturas públicas por quadrilhas especializadas em fraudar os mais vulneráveis — neste caso, aposentados e pensionistas.</p> <p class="texto">Acerta o Executivo ao mobilizar a Controladoria Geral da União (CGU) para investigar os malfeitos e a Advocacia-Geral da União (AGU) para atuar na linha de frente do ressarcimento às vítimas. Agora, é um caso de polícia a cargo das investigações da Polícia Federal (PF). É o mínimo a se fazer diante do descaso institucional que permitiu o desconto sistemático de valores em nome de associações fantasmas e serviços jamais contratados durante tantos anos.</p> <p class="texto">Mas o mérito da ação só será completo se os responsáveis — dentro e fora do Estado — forem exemplarmente punidos. A transparência deve ser restaurada. A eficiência, perseguida com seriedade. O INSS, ao longo dos anos, transformou-se em um labirinto burocrático vulnerável ao crime e inóspito para o cidadão honesto. Romper com esse padrão é tarefa urgente e civilizatória.</p> <p class="texto">O caso revelado pela Operação Sem Desconto escancara essa corrupção endêmica. A CGU identificou um aumento significativo nos valores descontados dos benefícios do INSS por entidades associativas, ando de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024. Era um esquema de descontos associativos não autorizados, feitos por entidades e sindicatos, totalizando cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.</p> <p class="texto">A cada nova operação, o enredo se repete: corrupção entranhada, conluio entre servidores e fraudadores, prejuízo bilionário aos cofres públicos — e às vítimas, quase sempre os mais pobres e desprotegidos. Em setembro de 2024, a PF havia desarticulado uma organização criminosa que obtinha ilegalmente dados de beneficiários do INSS para comercialização. O grupo era composto por hackers que invadiam os sistemas do INSS, servidores que vendiam suas credenciais de o e intermediários que comercializavam as informações obtidas.</p> <p class="texto">Na década de 1990, a advogada Jorgina de Freitas Fernandes e uma quadrilha composta por juízes, advogados e servidores públicos fraudavam processos judiciais para desviar recursos do INSS, resultando em um prejuízo estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão. </p> <p class="texto">A Operação Miquéias, em 2013, investigou duas organizações criminosas — uma especializada em lavagem de dinheiro e outra em má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas — e  revelou que prefeitos e gestores de regimes próprios de Previdência Social eram aliciados para aplicar recursos em fundos de investimentos geridos pela quadrilha, resultando em prejuízos significativos.</p> <p class="texto">Em 2015 e 2016, a Operação Nenhures, também da PF, desmantelou uma quadrilha que falsificava certidões de nascimento para obter ilegalmente pensões por morte do INSS. A investigação, realizada em Minas Gerais e na Bahia, estimou um prejuízo de aproximadamente R$ 6,5 milhões aos cofres públicos. Diversas pessoas foram presas, incluindo servidores públicos e intermediários.</p> <p class="texto">A corrupção endêmica é mais do que um problema istrativo — é um desafio civilizatório. Que a operação deflagrada nesta semana marque o início de uma faxina moral e funcional em um dos órgãos mais estratégicos para a dignidade da população brasileira.</p> <p class="texto"> <div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2025/04/7115420-21-de-abril.html"> <amp-img src="/dapressmidia/CB/NAC/2015/03/02/media/CBNFOT020320151975.jpg?20250418213307" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>21 de abril</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/04/7114524-visao-do-correio-novo-diabetes-desafia-medicos-e-governos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/11/06/cbnfot231220040028-6383258.jpg?20250417212033" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Visão do Correio: Novo diabetes desafia médicos e governos</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/04/7114516-so-envelhece-quem-esta-vivo.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/17/whatsapp_image_2025_04_17_at_19_40_24-49950888.jpeg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Só envelhece quem está vivo </span> </div> </a> </li> </ul> </div><br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/23/1200x801/1_mj2304_07-50348355.jpg?20250425155838?20250425155838", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/23/1000x1000/1_mj2304_07-50348355.jpg?20250425155838?20250425155838", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/23/800x600/1_mj2304_07-50348355.jpg?20250425155838?20250425155838" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 5k5331

Visão do Correio 1j536q transparência do INSS precisa ser restaurada
INSS

Visão do Correio: transparência do INSS precisa ser restaurada 5t531h

O INSS, ao longo dos anos, transformou-se em um labirinto burocrático vulnerável ao crime e inóspito para o cidadão honesto. Romper com esse padrão é tarefa urgente e civilizatória v1770

O governo deu um o importante ao deflagrar a Operação Sem Desconto, mirando um dos maiores esquemas de corrupção já instalados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O desvio bilionário é mais um capítulo de uma velha história: a captura de estruturas públicas por quadrilhas especializadas em fraudar os mais vulneráveis — neste caso, aposentados e pensionistas.

Acerta o Executivo ao mobilizar a Controladoria Geral da União (CGU) para investigar os malfeitos e a Advocacia-Geral da União (AGU) para atuar na linha de frente do ressarcimento às vítimas. Agora, é um caso de polícia a cargo das investigações da Polícia Federal (PF). É o mínimo a se fazer diante do descaso institucional que permitiu o desconto sistemático de valores em nome de associações fantasmas e serviços jamais contratados durante tantos anos.

Mas o mérito da ação só será completo se os responsáveis — dentro e fora do Estado — forem exemplarmente punidos. A transparência deve ser restaurada. A eficiência, perseguida com seriedade. O INSS, ao longo dos anos, transformou-se em um labirinto burocrático vulnerável ao crime e inóspito para o cidadão honesto. Romper com esse padrão é tarefa urgente e civilizatória.

O caso revelado pela Operação Sem Desconto escancara essa corrupção endêmica. A CGU identificou um aumento significativo nos valores descontados dos benefícios do INSS por entidades associativas, ando de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024. Era um esquema de descontos associativos não autorizados, feitos por entidades e sindicatos, totalizando cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A cada nova operação, o enredo se repete: corrupção entranhada, conluio entre servidores e fraudadores, prejuízo bilionário aos cofres públicos — e às vítimas, quase sempre os mais pobres e desprotegidos. Em setembro de 2024, a PF havia desarticulado uma organização criminosa que obtinha ilegalmente dados de beneficiários do INSS para comercialização. O grupo era composto por hackers que invadiam os sistemas do INSS, servidores que vendiam suas credenciais de o e intermediários que comercializavam as informações obtidas.

Na década de 1990, a advogada Jorgina de Freitas Fernandes e uma quadrilha composta por juízes, advogados e servidores públicos fraudavam processos judiciais para desviar recursos do INSS, resultando em um prejuízo estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão. 

A Operação Miquéias, em 2013, investigou duas organizações criminosas — uma especializada em lavagem de dinheiro e outra em má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas — e  revelou que prefeitos e gestores de regimes próprios de Previdência Social eram aliciados para aplicar recursos em fundos de investimentos geridos pela quadrilha, resultando em prejuízos significativos.

Em 2015 e 2016, a Operação Nenhures, também da PF, desmantelou uma quadrilha que falsificava certidões de nascimento para obter ilegalmente pensões por morte do INSS. A investigação, realizada em Minas Gerais e na Bahia, estimou um prejuízo de aproximadamente R$ 6,5 milhões aos cofres públicos. Diversas pessoas foram presas, incluindo servidores públicos e intermediários.

A corrupção endêmica é mais do que um problema istrativo — é um desafio civilizatório. Que a operação deflagrada nesta semana marque o início de uma faxina moral e funcional em um dos órgãos mais estratégicos para a dignidade da população brasileira.

 


Mais Lidas 363q2k