Morreu, aos 82 anos, a pioneira de Brasília Vera Hoffay França Campos, na tarde desta quinta-feira (27/2), em razão de problemas cardíacos. Lembrada por amigos e pelos filhos pela alegria e o dom de cativar a todos a seu redor, era amante das viagens e da gastronomia.
Natural de Minas Gerais, Vera era parente de Neusa França, compositora do Hino de Brasília, e Mara Amaral, esposa do jornalista e radialista Gilberto Amaral. Chegou a Brasília em 1960, ano em que a capital foi fundada. Em 1965, teve o primeiro filho, Ricardo, e, quatro anos depois, o segundo, Carlos André.
Ela se formou em relações públicas pelo Centro Universitário de Brasília (Ceub). Durante a carreira, trabalhou no Correio como secretária de Ari Cunha, fundador e ex-vice-presidente institucional do jornal. Também ou pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela se aposentou como auditora fiscal da Receita Federal.
Emocionado, Carlos enaltece o legado da mãe: "Era uma mulher batalhadora, que começou do zero em Brasília. Fez carreira e se aposentou pela Receita Federal. Era sempre independente, criou os filhos sozinha", disse. Ele ressaltou que a mãe ajudava a todos que podia e era muito respeitada.
Liana Sabo, colunista do Correio, lamenta a morte de Vera e diz que ela foi "uma amiga para todas as horas". "Afortunadamente, nosso convívio sempre se deu em bons momentos. Ainda jovens desfrutamos a boa camaradagem na redação do Correio. Mais tarde nos reencontramos em torno da mesa", ressaltou.
"Ao contrário de mim, Vera era de poucas garfadas, mas apreciava o bom vinho, sempre tinto. Fizemos viagens esplêndidas pela Escandinávia em busca de paisagens de tirar o fôlego e de bons sabores. A próxima seria no início de julho. Perdi a parceira. Vera verá os fiordes do céu!", continuou a homenagem à amiga.
O também jornalista Laerte Rimoli relembrou os bons momentos que ou ao lado da amiga. "Vera era uma amiga impecável. Me recebeu, várias vezes, na casa da QI 26, para jogarmos buraco. Elegante, alegre, atual. Viveu a vida com intensidade. ou ao largo das miudezas tão comuns aos humanos. Risada deliciosa. Como nos fará falta."
Luiz Otavio Caldeira Paiva, amigo da família e também companheiro de viagens e dos jogos de baralho, destaca o otimismo e o poder de cativar da pioneira. "A Vera encatava as pessoas de todas as idades. Todo mundo se apaixonava por ela, era muito positiva", relata. "É uma perda muito grande para todos nós. Ela era uma pessoa espetacular", completa.
O velório será na Capela 3 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, das 15h às 17h desta sexta- feira (28/2). Em seguida ocorrerá a cremação.
Saiba Mais 1o1w6n
-
Cidades DF Assim como o Plano Piloto, Guará ganhará 400 novas lixeiras até março
-
Cidades DF Carnaval de Brasília: mais de 60 blocos aderem à Folia com Respeito em 2025
-
Cidades DF HMIB define novo fluxo de atendimento enquanto centro obstétrico é reformado
-
Cidades DF DF realiza o primeiro julgamento do país pela nova lei do feminicídio
-
Cidades DF Peritos apontam que motorista pode ter sofrido feminicídio
-
Cidades DF MPDFT fará plantão para casos urgentes durante feriado de Carnaval