{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/brasil/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/brasil/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/brasil/", "name": "Brasil", "description": "Acompanhe o que ocorre no país em tempo real: notícias e análises ", "url": "/brasil/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/brasil/2024/04/6833393-brasil-luta-por-producao-propria-de-insumos-farmaceuticos.html", "name": "Brasil luta por produção própria de insumos farmacêuticos", "headline": "Brasil luta por produção própria de insumos farmacêuticos", "description": "", "alternateName": "SAÚDE", "alternativeHeadline": "SAÚDE", "datePublished": "2024-04-08T04:15:00Z", "articleBody": "<p class="texto">A inauguração de nova fábrica de medicamentos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Pernambuco, reacendeu o debate sobre a autossuficiência do Brasil na produção de insumos próprios. Especialistas ouvidos pelo Correio estão otimistas quanto à indendência do país, mas apontam que há um longo caminho para alcançar 100% de produção local.</p> <p class="texto">A fábrica inaugurada pretende suprir toda a demanda brasileira pelo medicamento fator VIII recombinante (Hemo-8r), usado por pessoas com hemofilia — doença que causa problemas na coagulação do sangue — além de terminar com a dependência internacional para obter esse fármaco.</p> <ul> <li><a href="/economia/2023/12/6665376-nacionalizacao-da-industria-farmaceutica-tem-crescimento-aponta-alanac.html#google_vignette">Nacionalização da indústria farmacêutica tem crescimento, aponta Alanac</a></li> <li><a href="/opiniao/2024/01/6791138-artigo-o-caminho-para-uma-industria-farmaceutica-estrategica.html">Artigo: O caminho para uma indústria farmacêutica estratégica</a></li> </ul> <p class="texto">Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), a produção do país representa apenas 5% dos insumos usados na fabricação de remédios e vacinas. O restante é importado de outros países.</p> <p class="texto">"Hoje, o Brasil tem uma dependência muito grande no complexo econômico industrial da saúde. Só na pandemia, as importações aumentaram em US$ 5 bilhões. Estamos importando um patamar de US$ 23 a 25 bilhões por ano", destacou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.</p> <h3>Dependência</h3> <p class="texto">Esses materiais citados envolvem medicamentos, vacinas, equipamentos médicos, produtos para diagnóstico e insumos farmacêuticos ativos. Na crise sanitária durante a pandemia de covid-19, o Brasil ficou à mercê do desenvolvimento das vacinas por outros países por falta de insumos para a produção.</p> <p class="texto">"Vimos o risco de depender de 90% dos insumos farmacêuticos ativos. Equipamentos de alta complexidade como ressonância magnética, tomógrafo, toda essa área de tecnologia da informação, a dependência é quase que integral", apontou Gadelha.</p> <p class="texto">O estudo realizado pela Abiquifi, em 2021, mostrou que o Brasil precisaria investir em média de US$ 1 bilhão em desenvolvimento e infraestrutura para ampliar em 20% a produção nacional em um período de até 10 anos.</p> <p class="texto">Em setembro do ano ado, o governo federal lançou a nova estratégia nacional para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde, que visa expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e aumentar a autonomia do setor. O investimento previsto até 2026 é de R$ 42 bilhões.</p> <p class="texto">"Temos uma meta geral de ter no Brasil pelo menos 70% de produção nacional para atender às necessidades críticas da atenção à saúde. Assim, teremos uma capacidade de resposta rápida frente a uma emergência sanitária", explicou Carlos Gadelha.</p> <p class="texto">O Ministério da Saúde informou que aplicou parte da verba do plano no desenvolvimento de terapias avançadas, vacinas com tecnologia RNA, soros e ampliação da capacidade produtiva em medicamentos e imunizações no Instituto Butantan e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).</p> <p class="texto">O recurso inclui também um aporte de R$ 393 milhões investidos na Hemobrás para conclusão de fábrica voltada à produção nacional de imunoglobulina e outros hemoderivados estratégicos.</p> <p class="texto">A previsão é de que os insumos atendam toda a demanda brasileira por esses medicamentos e que beneficiem cerca de 15 mil brasileiros com hemofilia, uma condição genética que afeta a coagulação do sangue e exige um tratamento constante e especializado.</p> <p class="texto">O diretor-secretário geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Gustavo Pires, acredita na possibilidade de o Brasil expandir a área industrial da saúde por meio de incentivos do Executivo. "É possível diminuir a dependência, e conseguir produzir insumos cuja patente esteja vencida", disse.</p> <p class="texto">Nesses casos, medicamentos de todo mundo podem ser reproduzidos em outros países e laboratórios, o que amplia o desenvolvimento de novas tecnologias medicamentosas.</p> <p class="texto">Com a eliminação da dependência externa na produção de medicamentos para a saúde pública do país, o diretor-secretário da CFF ressaltou que o impacto recairia diretamente nos preços e na disponibilidade deles.</p> <p class="texto">Segundo ele, a capacidade de produzir insumos brasileiros não apenas garantiria um suprimento estável de medicamentos, mas também poderia contribuir para a redução dos custos e para melhor distribuição de recursos de saúde.</p> <h3>Economia farmacêutica</h3> <p class="texto">O setor é um dos maiores pilares da economia, como aponta a 6ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, publicado pela Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED). De acordo com os dados, referentes ao ano de 2022, o faturamento gerado pela venda de medicamentos atingiu a marca de R$ 131,2 bilhões.</p> <p class="texto">Em média, o preço global de medicamentos em 2022 foi de R$ 22,98, com os medicamentos biológicos alcançando o valor médio mais alto, de R$ 379,90, seguidos pelos remédios novos e similares, com preços médios de R$ 45,62 e R$ 15,03, respectivamente. Os genéricos, por sua vez, apresentaram um preço médio mais baixo, de R$ 8,50, trazendo ibilidade aos tratamentos de saúde.</p> <p class="texto">No que diz respeito à liderança do mercado, a Fiocruz lidera o ranking das empresas independentes que mais faturaram em 2022. Por sua vez, o Butantan ocupa o 7° lugar entre as 20 maiores empresas independentes.</p> <p class="texto">"Nos últimos anos, Farmanguinhos/Fiocruz realizou acordos de parceria para internalizar medicamentos estratégicos e novas tecnologias, inclusive para a produção de [ingrediente farmacêutico ativo] IFAs. Com essas cooperações com indústrias privadas nacionais e internacionais, o instituto adquiriu conhecimento técnico e ampliou o o da população a medicamentos de alto custo", disse a Fiocruz ao Correio.</p> <p class="texto"><em>*Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza</em></p> <p class="texto">/webstories/2024/02/6806486-4-os-para-entrar-no-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html<br /></p> <p class="texto"> </p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/brasil/2024/04/6833309-brasileiros-apelam-para-memes-sobre-crise-entre-musk-e-moraes.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/07/page-36040268.jpg?20240407191134" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>"Se o Twitter" e "Tireadis": brasileiros apelam para memes sobre "crise" entre Musk e Moraes</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6833095-como-compromisso-do-ministerio-da-saude-vacinacao-avanca-pelo-pais.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/29/mufid_majnun_cm1au42fnrg_unsplash-35240735.jpg?20240522151700" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Como compromisso do Ministério da Saúde, vacinação avança pelo país</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6833033-quina-lotofacil-e-mais-resultados-loterias-deste-sabado.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/04/06/captura_de_tela__73_-36031174.png?20240406195149" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Quina, Lotofácil e mais: veja os resultados das loterias deste sábado</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/11/1200x801/1_mufid_majnun_cm1au42fnrg_unsplash-34123085.jpg?20240731133924?20240731133924", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/11/1000x1000/1_mufid_majnun_cm1au42fnrg_unsplash-34123085.jpg?20240731133924?20240731133924", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/11/800x600/1_mufid_majnun_cm1au42fnrg_unsplash-34123085.jpg?20240731133924?20240731133924" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Mayara Souto", "url": "/autor?termo=mayara-souto" } , { "@type": "Person", "name": "Vitória Torres*", "url": "/autor?termo=vitoria-torres*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 2oy5y

Brasil luta por produção própria de insumos farmacêuticos 3o536p
SAÚDE

Brasil luta por produção própria de insumos farmacêuticos 3d436x

Materiais envolvem medicamentos, vacinas, equipamentos médicos e produtos para diagnóstico. Investimento bilionário está nas mãos do governo 222s3c

A inauguração de nova fábrica de medicamentos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Pernambuco, reacendeu o debate sobre a autossuficiência do Brasil na produção de insumos próprios. Especialistas ouvidos pelo Correio estão otimistas quanto à indendência do país, mas apontam que há um longo caminho para alcançar 100% de produção local.

A fábrica inaugurada pretende suprir toda a demanda brasileira pelo medicamento fator VIII recombinante (Hemo-8r), usado por pessoas com hemofilia — doença que causa problemas na coagulação do sangue — além de terminar com a dependência internacional para obter esse fármaco.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), a produção do país representa apenas 5% dos insumos usados na fabricação de remédios e vacinas. O restante é importado de outros países.

"Hoje, o Brasil tem uma dependência muito grande no complexo econômico industrial da saúde. Só na pandemia, as importações aumentaram em US$ 5 bilhões. Estamos importando um patamar de US$ 23 a 25 bilhões por ano", destacou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Dependência 2g104u

Esses materiais citados envolvem medicamentos, vacinas, equipamentos médicos, produtos para diagnóstico e insumos farmacêuticos ativos. Na crise sanitária durante a pandemia de covid-19, o Brasil ficou à mercê do desenvolvimento das vacinas por outros países por falta de insumos para a produção.

"Vimos o risco de depender de 90% dos insumos farmacêuticos ativos. Equipamentos de alta complexidade como ressonância magnética, tomógrafo, toda essa área de tecnologia da informação, a dependência é quase que integral", apontou Gadelha.

O estudo realizado pela Abiquifi, em 2021, mostrou que o Brasil precisaria investir em média de US$ 1 bilhão em desenvolvimento e infraestrutura para ampliar em 20% a produção nacional em um período de até 10 anos.

Em setembro do ano ado, o governo federal lançou a nova estratégia nacional para o desenvolvimento do complexo econômico industrial da saúde, que visa expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e aumentar a autonomia do setor. O investimento previsto até 2026 é de R$ 42 bilhões.

"Temos uma meta geral de ter no Brasil pelo menos 70% de produção nacional para atender às necessidades críticas da atenção à saúde. Assim, teremos uma capacidade de resposta rápida frente a uma emergência sanitária", explicou Carlos Gadelha.

O Ministério da Saúde informou que aplicou parte da verba do plano no desenvolvimento de terapias avançadas, vacinas com tecnologia RNA, soros e ampliação da capacidade produtiva em medicamentos e imunizações no Instituto Butantan e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O recurso inclui também um aporte de R$ 393 milhões investidos na Hemobrás para conclusão de fábrica voltada à produção nacional de imunoglobulina e outros hemoderivados estratégicos.

A previsão é de que os insumos atendam toda a demanda brasileira por esses medicamentos e que beneficiem cerca de 15 mil brasileiros com hemofilia, uma condição genética que afeta a coagulação do sangue e exige um tratamento constante e especializado.

O diretor-secretário geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Gustavo Pires, acredita na possibilidade de o Brasil expandir a área industrial da saúde por meio de incentivos do Executivo. "É possível diminuir a dependência, e conseguir produzir insumos cuja patente esteja vencida", disse.

Nesses casos, medicamentos de todo mundo podem ser reproduzidos em outros países e laboratórios, o que amplia o desenvolvimento de novas tecnologias medicamentosas.

Com a eliminação da dependência externa na produção de medicamentos para a saúde pública do país, o diretor-secretário da CFF ressaltou que o impacto recairia diretamente nos preços e na disponibilidade deles.

Segundo ele, a capacidade de produzir insumos brasileiros não apenas garantiria um suprimento estável de medicamentos, mas também poderia contribuir para a redução dos custos e para melhor distribuição de recursos de saúde.

Economia farmacêutica 6d1v4o

O setor é um dos maiores pilares da economia, como aponta a 6ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, publicado pela Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED). De acordo com os dados, referentes ao ano de 2022, o faturamento gerado pela venda de medicamentos atingiu a marca de R$ 131,2 bilhões.

Em média, o preço global de medicamentos em 2022 foi de R$ 22,98, com os medicamentos biológicos alcançando o valor médio mais alto, de R$ 379,90, seguidos pelos remédios novos e similares, com preços médios de R$ 45,62 e R$ 15,03, respectivamente. Os genéricos, por sua vez, apresentaram um preço médio mais baixo, de R$ 8,50, trazendo ibilidade aos tratamentos de saúde.

No que diz respeito à liderança do mercado, a Fiocruz lidera o ranking das empresas independentes que mais faturaram em 2022. Por sua vez, o Butantan ocupa o 7° lugar entre as 20 maiores empresas independentes.

"Nos últimos anos, Farmanguinhos/Fiocruz realizou acordos de parceria para internalizar medicamentos estratégicos e novas tecnologias, inclusive para a produção de [ingrediente farmacêutico ativo] IFAs. Com essas cooperações com indústrias privadas nacionais e internacionais, o instituto adquiriu conhecimento técnico e ampliou o o da população a medicamentos de alto custo", disse a Fiocruz ao Correio.

*Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

/webstories/2024/02/6806486-4-os-para-entrar-no-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

 

Mais Lidas 363q2k